Portugal deverá ser o país da União Europeia com o maior universo de impostos, taxas, licenças, portagens, etc. etc.
Pagamos impostos e taxas para tudo e mais alguma coisa.
Os cidadãos e as empresas pagam os seus impostos sobre o rendimento, o consumo, o património, IRS, IRC + DERRAMA, IVA, ISV, IMI, IMT, IUC, I.S., e mais um sem número de taxas municipais, outras incluidas nos consumos de água, electricidade, gás, audivisual, telecomunicações, enfim é uma lista infinda de encargos sobre todos nós.
Perante isto, seria de pensar que as funções do Estado tais como segurança, saude, ensino, justiça, infraestruturas rodoviárias, etc., seriam asseguradas aos cidadãos tendo em conta que os impostos cobrados financiariam o funcionamento do Estado.
Mas não, porque posteriormente e sempre que precisamos de recorrer a esses serviços, tornamos a pagar - propinas, taxas moderadoras, portagens, custas judiciais, emolumentos, etc.
Bem, mas isto já todos nós sabemos. E o apetite voraz do Estado não tem limite quando se trata de arrecadar receitas, e a imaginação na criação de novos impostos e taxas é verdadeiramente extraordinária..
E a imaginação é tal, que esta semana, pela boca de um Autarca deste país, e do próprio Presidente da Associação Nacional de Municípios, Sr. Dr. Fernando Ruas, tomei conhecimento de que há Autarquias que se estão a preparar para taxar os bancos pela ocupação pelas caixas Muitibanco da via publica.
Ora bem, depois da ideia peregrina da Câmara de Lisboa, que se propõe cobrar aos turistas que visitem a Capital uma taxa de entrada, como se aos milhões de turistas que nos visitam e que deixam no país recursos financeiros extremamente importantes e cruciais para a nossa economia, seja indiferente tomar atitudes que potenciem o seu regresso, ou aplicar medidas que os afugentem.
É claro, que para continuar a sustentar as máquinas administrativas municipais, os departamentos em número infinito, os exércitos de acessores, as empresas municipais (quase todas super endividadas e com prejuízos), que se foram criando e crescendo ao longo dos últimos anos ( muitas vezes porque era necessario arranjar lugares para os apaniguados políticos), e as inúmeras obras sem efectiva utilidade para a comunidade, as Autarquias vêm lançando mão de tudo o que possam cobrar sobre os cidadãos. Sim, porque se os bancos foram taxados em relação à ocupação da via pública pelas caixas Multibanco, vão repercutir esse custo inexoravelmente sobre os clientes.
Atendendo a que não desejo que as Autarquias deste pais, possam ter que deixar de construir mais umas rotundas, que as empresas municipais mandem para o desemprego mais uns quantos administradores, que alguns acessores fiquem sem salário (não sem trabalho uma vez que grande parte já não faz nada), deixo aqui algumas sugestões de taxas que podem ser criadas, como por exemplo sobre a publicidade nos sacos do supermercado, sobre as paragens de autocarro, sobre os painéis de informação de trânsito, parqueamento pago em todos os locais do concelho onde seja possível estacionar um veículo, sobre a utilização dos passeios pelos transeuntes devido ao desgaste do piso, entrada paga em todos os espaços verdes e jardins publicos, uma taxa por ir passear o cão na rua, aplicação do Imp.Único Circulação às bicicletas, patins, skates, e carros de mão.
É pena que os Srs. Autarcas não se tenham lembrado por exemplo de reduzir antes as despesas superfluas e racionalizar o uso dos recursos disponíveis. É claro que é muito mais fácil cobrar mais umas taxas.
Enfim, é o país e os políticos que temos........... só tenho medo é que aproveitem mesmo alguma das ideias que aqui deixei.............. safa!!!
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