Hoje os jornais diários destacavam na primeira página a morte de um assaltante pela PSP.
Como é costume, os orgãos de comunicação social adoram fazer manchetes com estes casos, em que um assaltante ou um cadastrado é atingido pela polícia durante um assalto ou perseguição, bem como mostrar a sua indignação pelo sucedido - um dos jornais diários titulava mesmo o caso com a possibilidade do agente da polícia vir a ser acusado de homicídio.
Nestas situações, também aparecem várias associações de defesa disto e daquilo a manifestar a sua indignação, pela actuação das forças policiais, só faltando dizer que os polícias têm o direito de atirar mas só depois de mortos, isto quando não temos aquelas entrevistas dos familiares e amigos das vitimas a jurar que eram todos bons rapazes, muito sossegados e respeitadores da lei.
Lamentavelmente, quando se dá o caso de agentes da autoridade serem agredidos, feridos ou assasinados, as noticias nunca têm a relevância dada nos casos inversos, quando não passam mesmo à margem.
Aos agentes da autoridade só é concedido, pela comunicação social, o direito de morrer em serviço, e nunca se houve a voz de um político ou de um dirigente das forças de segurança clamar contra esta situação.
Neste caso, até se tratava de dois individuos já com cadastro. Mas os policias é que devem ir para a prisão.
Isto é que é civilização.
Sem comentários:
Enviar um comentário