quinta-feira, 24 de março de 2011

SOCRATES, JUROS E DIVIDA SOBERANA

Como alguém disse ontem, finalmente Sócrates cumpriu uma promessa, demitindo-se tal como anunciara.
Relativamente ao problema da dívida pública, dos juros e da reacção dos mercados, os responsáveis solcialistas alertaram-nos nos últimos dias que esta crise política (da qual eles não têm culpa nenhuma, aliás como não têm culpa de nada que aconteceu nos últimos anos ao País) traria a Portugal todos os males e todas as pragas.
Mas já agora pensemos um pouco sobre como chegámos a este ponto.
Quando ouvimos o Eng. Josè Sócrates falar sobre isto, parece que estava ele a dormir muito descansado, quando, de repente acorda e vê em cima da mesa de cabeceira um pacote com uma dívida enorme - quase duas vezes a que existia quando chegou ao poder.
Quem é que colocou aqui isto, exclama surpreeendido?
Nós andávamos tão entretidos com as PPP, os projectos do TGV, novo aeroporto, autoestradas em duplicado, a criar Institutos, Comissões, etc. etc., a esbanjar dinheiro alegremente, e de repente cai-me o céu em cima.
Não está certo, isto de haver crises internacionais sem pedirem a minha opinião não pode ser.
E agora? vou falar com o T.S. arranjamos uns PEC's e resolve-se a coisa.
Mas entretanto entraram em cena uns lobos maus chamados mercados e lixaram tudo.
E chegamos assim ao problema da do financiamento da dívida soberana e às taxas de juro incomportáveis.
Mas só tem problemas destes que tem dívida pública em valores muito elevados em relação ao PIB, pois os tais lobos maus começam a desconfiar se vão conseguir pagar o que pedem emprestado, e sendo o risco maior há que cobrar juros mais altos.
Ora quem trouxe a situação até este ponto foram os governos do Sr. Eng. Sócrates e mais ninguém. Não souberam  gerir o País, por incompetência ou por interesses inconfessos,  e agora a responsabilidade é dos outros.
Porque, como dizia a Dra. Manuela Ferreira Leite, os dinheiros públicos são para gerir com rigor mesmo nos tempos de vacas gordas e juros baixos, de modo a que como qualquer família ou empresa deve fazer em casa em relação ao seu endividamento,  estarmos precavidos para situações imprevistas.
Só que aí, se correr mal, só vai à falência a família ou a empresa, neste caso vamos todos e o País, enquanto estes senhores têm o futuro garantido e quem vier atrás que resolva o problema.

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