quarta-feira, 27 de março de 2013

REPORTAGEM SIC NOTICIAS

Assisti há pouco a uma reportagem na SIC Noticias  sobre investimentos em aquicultura em Portugal.

Simplesmente vergonhoso o que se passa neste país.
Quando, mais do que nunca, Portugal precisa de investimento e criação de emprego, a burocracia  e a falta de estratégia acabam por afastar aqueles poucos que ainda querem investir.

Quando aqui ao lado, na Galiza, se multiplicam as explorações, em Portugal são criados todo o tipo de entraves ao investimento.
Quando em Espanha, o prazo das concessões acaba de ser alargado de 35 para 75 anos, neste país o prazo de concessão é de 10 anos, sem qualquer garantia de prolongamento.
Este prazo na maior parte dos casos nem dá para amortização do investimento.
 -Anos para ser comunicada uma decisão.
- Compre o espaço e depois logo se vê se é aprovado.
Só a brincar. Mas quem é que investe assim?
Entrevistada sobre este assunto, a Ministra da Agricultura e Pescas disse o costume; estamos a analisar a situação com vista a publicação de nova legislação sobre a matéria. Se calhar para complicar mais....

Isto é o espelho fiel do Estado que temos; falta de visão estratégica e burocracia sem limites.
A legião de burocratas do aparelho de Estado, desde o chefe de secção ao director geral, desde a repartição à direcção geral ou secretaria de estado, desde a comissão tal, a um qualquer instituto ou camara municipal,  tudo gente que tem de se pronunciar sobre qualquer pedido para qualquer coisa, constitui na maior parte dos casos, um exército de adoradores do impresso, do parecer, do memorando, da vinheta, da taxa, nostálgicos do papel selado, dos selos fiscais  e da licença de isqueiro.
Uma horda de pequenos ditadores de algibeira, a quem parece dar um enorme gozo dificultar ao máximo a vida dos cidadãos, mesmo aqueles que querem criar riqueza, contrariamente a eles que muitas vezes nada produzem.
Quando todos os dias se fala da necessidade de  atrair investimento para o país, não se consegue entender como é que os dirigentes da administração pública deixam que estas situações continuem a impedir o progresso da nação.

Se não sabem como fazer, aprendam com o que se faz nos países exemplo nesta matéria.
E não é preciso como é costume, contratar nenhuma consultora externa. Com tanto acessor nos gabinetes, tantos institutos,  gabinetes de estudo, etc, etc, não digam que não têm ninguém competente para resolver este assunto, e urgentemente, sem necessidade de grandes estudos, pois trata-se de matéria muito simples, desde que haja vontade. Se toda a gente atrás indicada não é competente para resolver este problema, então que vão embora, em vez dos assistentes operacionais que querem despedir, e que de certeza fazem muito mais falta.

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